sábado, 7 de julho de 2012

USINA SERESTA


          

  
Localizada em Teotônio Vilela, a usina foi fundada em 1973 por Geraldo Gomes de Barros e Teotônio Brandão Vilela. É considerada um exemplo de empresa moderna e uma das mais produtivas do Estado.


Área de Atuação
A área de atuação do estudo constitui o setor sucroalcooleiro no estado de Alagoas, sabe-se que o estado é beneficiado com 24 instalações industriais deste seguimento.

Identificação

·         Razão Social:
Usinas Reunidas Seresta S/A;
·         Nome Fantasia:
Usina Seresta;
·         Endereço:
Fazenda São Mateus S/N;
·         Responsável:
Marcelo Pimentel
·         Função:
Gerente Geral.


Localização da Empresa

A referida está localizada no município de Teotônio Vilela, região central de Alagoas,com limitação norte com os municípios de Junqueiro e Campo Alegre, sul com o municípiode Coruripe, leste com São Miguel dos Campos, oeste com Junqueiro e São Sebastião. A áreamunicipal ocupa 297,89 km2 (1,07% de AL), inserida na meso-região do leste alagoano e namicro-região de São Miguel dos Campos.

A Usina Seresta S/A, foi fundada no início da década de 70, em conseqüência da criseda Usina Boa Sorte no município de Viçosa e da Usina Santa Amália no município deJoaquim Gomes, no estado de Alagoas.Alguns empresários passaram a visitar o povoado de Junqueiro, na época, e estudar aspossibilidades de implantação de uma única usina. Que seria o somatório dos esforços dosempresários, que fechariam suas usinas e viabilizaria a construção da nova instalação industrial, que permanece até os dias de hoje, no atual município de Teotônio Vilela, regiãocentral de Alagoas. A empresa é auto-suficiente em energia elétrica e sabe-se que isso éindispensável para uma instalação industrial desenvolvida, e que pretende divulgar seumétodo de gerenciar por atuar com suas funções de maneira responsável.


Informações Adicionais

O quadro fixo de colaboradores da empresa é em torno de 1.050, sendo 500 na áreaindustrial e 550 na área rural. Durante a safra este número passa para aproximadamente 2.500com a contratação de cortadores de cana, auxiliares dos processos de mecanização,laboratoristas e ajudantes em geral. URS (2008).

Possui um total de 11.871,89 hectares de terras cobertas com cana-de-açúcar, sendo5.978,44 hectares próprios e 8.893,45 hectares arrendados. URS (2008).De posse de uma capacidade instalada para moer 1.400.000 toneladas de cana ano,entre setembro a março. Apesar de ousada, a empresa está investindo para atingir esta metaaté a safra 2011/2012. O desafio é grande, por se tratar de uma região tendendo para o agreste,de solos arenosos e com baixa produtividade. URS (2008)
A empresa possui uma capacidade Instalada para moer 1.400.000 toneladas de cana ano, entre setembro a março. Apesar de ousada, estamos investindo para atingir esta meta até a safra 2011/2012. O desafio é grande, pois estamos em uma região tendendo para o agreste, de solos arenosos e com baixa produtividade.

Este quadro vem sendo modificado com investimentos em projetos de irrigação e armazenamento de água. Na última safra, atingimos uma moagem de 1.108.000 toneladas, representando uma operacionalidade de 80 %.

Implantamos na safra 2007/2008, 1500 Há de irrigação por gotejamento que representara um acréscimo de em torno de 80.000 toneladas de cana a partir da safra 2008/2009.

As Usinas Reunidas Seresta S/A, conta com um quadro fixo de colaboradores em torno de 1.050, sendo 500 na área urbana e 550 na área rural. Durante a safra este numero passa para aproximadamente 2.500 com a contratação de cortadores de cana, auxiliares dos processos de mecanização, laboratoristas e ajudantes em geral.

A empresa é auto-suficiente em energia elétrica e vem investindo neste setor para suprir as necessidades dos projetos de irrigação e exportação se for o caso. A automação industrial é uma das metas que vem avançando dentro do possível e da disponibilidade de recursos.

A Usina Seresta, desde a sua fusão em 1972, vem lutando para se estabelecer economicamente na região sul do estado de Alagoas, que tem como principal característica os tabuleiros, planos e propícios para a mecanização agrícola.

Esta situação topográfica, por certo definiu a instalação em Teotônio Vilela da nova empresa originária das usinas Boa Sorte (Viçosa) e Santa Amália (Joaquim Gomes).
Apesar do favorecimento topográfico a empresa não conseguiu até o presente momento, implantar a tecnologia disponível tendo em vista o surgimento de outras prioridades dos seus 30 anos de existência. Se por um lado à topografia favorece, por outro o clima e os solos fracos, são os principais adversários.
A baixa produtividade e a dependência completa das chuvas fizeram com que a Seresta desde 1985 iniciasse um grande projeto para o aproveitamento de águas residuais, rios riachos da região, visando, sobretudo, manter a brotação da cana-de-açúcar após a colheita, O projeto inicialmente tinha como principal objetivo salvar as socarias em períodos críticos, principalmente nos meses de dezembro e Janeiro.
Atualmente, apesar das dificuldades normais no setor para novos investimentos, contamos com aproximadamente 11.000 Ha possíveis de receber pelo menos uma irrigação. Esta área representa 95% da área total com cana, possibilitando um trabalho ordenado de colheita, evitando grandes perdas e enfrentando com sucesso períodos mais longos de estiagem.
Os principais avanços tecnológicos na lavoura e na fábrica vêm sendo acompanhados de perto e os investimentos possíveis foram efetuados, conforme demonstramos a seguir:
a)    Campo:
-      Atualização da frota de veículos de supervisão, controle e tratores;
Mudança no sistema de transporte de cana, saindo do tradicional “Romeu-Julieta” para o Rodo-Trem. Trabalhávamos com 22 veículos transportando cana, hoje, com melhor desempenho, trabalhamos com apenas 8 unidades;
-      Saímos de 03 conjuntos moto-bomba em 1985, que eram utilizados apenas na vinhaça, para 57 conjuntos nesta safra. Destes 16 unidades foram importadas e a irrigação é feita por meio de barras em lugar dos aspersores.
As barras trabalham com pressão baixa, permitindo um melhor aproveitamento da água.
      Estamos implantando um campo piloto para irrigação da cana-de-açúcar por gotejamento. Esta tecnologia, muito utilizada em fruticultura e oleicultura, vem tomando espaço na cana-de-açúcar em campos comerciais já consagrados na Venezuela e na Austrália. A grande vantagem, além do aproveitamento integral da água é a colocação do fertilizante via úmida, é a de evitar perdas por aplicação e votalização com o parcelamento ou aplicação contínua.
b)    Fábrica:
Os investimentos neste setor foram feitos ao longo de 5 anos consecutivos e neste período eliminamos 3 caldeiras e modernizamos as outras 3. As caldeiras reformadas e automatizadas encontram-se dentro do mais moderno padrão, hoje em funcionamento no setor açucareiro no Brasil e no exterior.
      Com a modernização das caldeiras nos voltamos para investimentos na geração de energia elétrica, fator definitivo para a consolidação dos projetos de irrigação, que funcionando com energia própria viabilizaria economicamente a aplicação de 3 - 4 lâminas/ano, elevando a produtividade agrícola de 45 para 70 Ton/ha, nos campos beneficiados com estas aplicações.

Montagem em andamento da Caldeira 250t/h da Areva na Usina Seresta

Está em processo de montagem a maior caldeira já fabricada no sul do país. Trata-se uma caldeira Aquatubular BGV-250 BA com capacidade de 250 t/h 67 bar 490°C. A mesma será instalada em uma usina de álcool na cidade Teotônio Vilela no estado de Alagoas. Esta utilizará como combustível o resíduo da indústria do açúcar e do álcool, o Bagaço da Cana de Açúcar.
A utilização da parte não aproveitada da cana-de-açúcar, as pontas e as palhas, vem sendo objeto de estudo da equipe de engenharia da Areva Koblitz. Normalmente descartadas e queimadas nos campos – esta parte do bagaço não contém açúcar – e podem ser utilizadas no processo de geração de energia elétrica, aumentando a capacidade instalada da central termelétrica, e, consequentemente aumentando o faturamento da unidade industrial.
Na Usina Seresta, o estudo foi possível graças à instalação de um novo processo de irrigação – que passa ser no formato de gotejamento. O projeto fará a utilização de 50% das pontas e palhas distribuídas nos 4.500 hectares da planta e aumentará o volume de energia de 50 MW para 53 MW. Dividido em duas etapas, ele tem a primeira prevista para setembro de 2011, onde será feita toda modificação da usina e de seus processos para moagem. Já a segunda, programada para janeiro de 2012, acontecerá quando a planta entrar em operação.
Em função desta nova realidade, a utilização das pontas e palhas na geração de energia elétrica, a Areva Koblitz vem estudando a possibilidade da abertura de uma filial da empresa na capital alagoana, Maceió. “O objetivo é desenvolver projetos como estes em outras usinas da região”, comenta Romero Rego, diretor comercial da empresa.
A central de co-geração com bagaço e pontas e palhas da cana-de-açúcar instalada em Teotônio Vilela, terá o fornecimento de 1 caldeira de 67 kgf/cm² - 250 tv/h – 520ºC, 1 turbina de condensação de 33 MW 1 turbina de contrapressão de 20 MW, 1 gerador elétrico de 41,25 MVA e outro com 25 MVA – 13,8 KV e subestação elevadora de 37,5 MVA – 69 KV.

 c)    Área social:

PEA - Programa de Educação Ambiental

O Programa de Educação Ambiental - Usina Seresta foi iniciado em 2002 em parceria com o IPMA (Instituto para Preservação da Mata Atlântica), por importante iniciativa de Cariolando Guimarães de Oliveira, hoje consultor da empresa, na época gerente geral da Usina e presidente do Instituto acima mencionado.
A ação objetivou inicialmente a formação de núcleo para disseminação ambiental, em função disso foi escolhida a Escola Municipal de Ensino Fundamental Francisco Severiano da Trindade, escolha justificada pela proximidade com a RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) Gulandim, Unidade de Conservação pertencente à Usina. Hoje o Programa se expandiu e pluralizou suas ações, conseguindo atingir vários setores do município além da Escola já citada.
O PEA desenvolve e apóia atividades como amostras ambientais, oficinas de artes, palestras, formação continuada para professores, trilhas interpretativas, plantio de mudas de essências nativas, campanhas educativas, palestras e seminários com as Escolas parceiras, além do apoio direcionado ao Projeto de Atletismo Vencendo Barreiras e Apiário Escola Gulandim.
Além destes treinamentos, a usina também está desenvolvendo um programa do meio ambiente, com: reflorestamento da mata nativa e ciliar; educação ambiental, envolvendo os municípios de Teotônio Vilela, Junqueiro, São Sebastião; coleta seletiva do lixo.
A Seresta vem apoiando a pesquisa desde o ano de 2006 com alunos provenientes da Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL), Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e com a parceria do Museu de História Natural de Alagoas (MHN), desenvolvendo trabalhos de monitoramento de fauna, análise de populações, acompanhamento e diagnóstico de reflorestamento de espécies da flora nativa da região.
Desde o início do apoio a pesquisa já foram realizados oito trabalhos voltados para o meio científico como, por exemplo, o mapeamento de anfíbios anuros da Reserva Madeiras onde foram encontradas 24 espécies de anfíbios divididos em 6 famílias e a catalogação de morcegos encontrados nas reservas Madeiras e RPPN Gulandim.
Algumas pesquisas também foram realizadas como trabalhos de conclusão de curso e para publicações em congressos que são realizados por todo Brasil como o Congresso Brasileiro de Mastozzologia realizado no mês de setembro de 2008 em São Lourenço-MG e o Congresso Acadêmico realizado em outubro de 2008 pela Universidade Federal de Alagoas.
Mantém uma creche com 130 crianças de 3 a 6 anos, atendendo aos filhos de funcionários e crianças carentes da comunidade. Estas crianças recebem atendimento médico-odontológico, nutricional, pedagógico e psicológico, e saem preparadas para cursar a 1ª série do ensino fundamental, além das parcerias nos projetos junto à prefeitura do município.
Projeto RECOR
O Projeto RECOR é uma iniciativa da AGHER – Associação Pró-Gestão dos Recursos Hídricos da Região Hidrográfica do Rio Coruripe, através do Comitê da Bacia Hidrográfica do Coruripe, em parceria com a Usina Seresta, com apoio da Usina Coruripe, e patrocínio da Petrobras, através do programa Petrobras Ambiental.
Único projeto de Alagoas contemplado pelo programa Petrobras Ambiental em 2010, o Projeto RECOR tem como objetivo restaurar áreas degradadas de matas ciliares do rio Coruripe, na região localizada nas cidades de Teotônio Vilela e Junqueiro.
 A iniciativa prevê o plantio de mais de 100 mil mudas de árvores nativas até dezembro de 2012, além de uma série de eventos e ações de educação ambiental, envolvendo toda a comunidade local.

 http://www.usinaseresta.com.br/
 http://www.projetorecor.org/

2 comentários:

  1. Preciso manter contato com Marcelo Pimentel, gerente da Usina Seresta.
    Jair Pimentel
    Jornalista

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  2. Marcelo,envia-me um e-mail: jornalista.jairpimentel@gmail.com

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