sábado, 7 de julho de 2012

TEOTÔNIO VILELA X CANA-DE-AÇÚCAR


Historicamente a cana de açúcar é um dos principais produtos agrícolas do Brasil, sendo cultivada desde a época da colonização. Do seu processo de industrialização obtêm-se como produtos o açúcar nas suas mais variadas formas e tipos, o álcool (anidro e hidratado), o vinhoto e o bagaço.
Devido à grandeza dos números do setor sucroalcooleiro no Brasil, não se pode tratar a cana-de-açúcar, apenas como mais um produto, mas sim como o principal tipo de biomassa energética, base para todo o agronegócio sucroalcooleiro, representado por 350 indústrias de açúcar e álcool e 1.000.000 empregos diretos e indiretos em todo o Brasil.
O Brasil produziu e moeu na safra 1999/00, 300 milhões de toneladas de cana de açúcar, 381 milhões de sacas de 50 kg de açúcar e mais de 12 milhões de m3 de álcool anidro e hidratado. Mais do que elemento essencial da formação do Brasil, a Cana-de-açúcar transformou-se em parte integrante do imaginário do povo brasileiro.
Na cozinha, desdobra-se em utilidades; na indústria, colabora para a produção de alimentos mais saudáveis, de fácil conservação. Dela vem o álcool combustível, a energia elétrica. Também pode produzir papel, plásticos, produtos químicos.
A Cana-de-açúcar é versátil, palavra que, aliás, justificaria mais um hífen: cana-de-açucar-versátil. Se preferirmos, grama-de-açúcar-versátil, pois a cana é uma gramínea, cujo potencial, variado e complexo, ainda pode ser muito explorado.
No Brasil, em menos de 1% das terras agricultáveis plantam-se 4,5 milhões de hectares de cana (duas vezes a área do Estado do Piauí), matéria-prima que permite a fabricação de energia natural, limpa e renovável.
A cana é em si mesma uma usina de enorme eficiência: cada tonelada tem um potencial energético equivalente ao de 1,2 barris de petróleo. O Brasil é o maior produtor do mundo, seguido por Índia e Austrália.
Na média, 55% da cana brasileira viram álcool e 45%, açúcar. Planta-se cana, no Brasil, no Centro-Sul e no Norte-Nordeste, o que permite dois períodos de safra. Plantada, a cana demora de ano a ano e meio para ser colhida e processada pela primeira vez. A mesma cana pode ser colhida até cinco vezes, mas a cada ciclo devem ser feitos investimentos significativos para manter a produtividade.
A cana é a força por trás das 307 ‘centrais energéticas' existentes no Brasil, 128 das quais estão em São Paulo, utilizando cana que cobre 2,35 milhões de hectares de terra.
São usinas e destilarias que processam a biomassa proveniente da Cana-de-açúcar e que alimentam um círculo virtuoso: produzem açúcar como alimento, energia elétrica vinda da queima do bagaço nas caldeiras, álcool hidratado para movimentar veículos e álcool anidro para melhorar o desempenho energético e ambiental da gasolina.

Em meados de 1955 a cana-de-açúcar era transportada por carros de boi dos canaviais aos engenhos: Brejo dos Pachecos, São Mateus dos Sampaios, Peri-Peri dos Rolemberg, Rocheira dos Costas, Novo do Seu Demétrio, Gravatá dos Alexandres, Bicas e Cachoeira, numa estrada de terra batida, feita a mão, hoje em dia  a ponte do Km 171 da BR 101- Sul.
No inicio da década de 70  a implantação de uma usina açucareira nas proximidades do povoado “Chã da Planta”, conforme relatado na história do município , contribuiu historicamente para o desenvolvimento econômico da região, trazendo progresso, gerando empregos e renda, isso se deu ao fato da indústria produzir o álcool combustível e açúcar.
Segundo dados da Usina Seresta, o município possui aproximadamente 350 fornecedores de cana que são responsáveis pelo fornecimento de 30% da matéria prima. A usina moe 1.400,00 toneladas de cana por ano, gera cerca de 1.050,00 empregos na entre safra e na safra aproximadamente 2.500,00 com a contratação de cortadores de cana, auxiliares dos processos de mecanização, laboratoristas e ajudantes em geral.

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