sábado, 7 de julho de 2012

Povoado Lagoas


A formação de pequenas porções d'água rodeadas de terra por todos os lados que tipificam a existência de lagoas originaram o nome dos povoados Lagoa I e Lagoa II. Isto se dá ao fato de que aquela região é a mais baixa em termos geográficos. A abundância destes lagos fazia numerosa as espécimes de peixes que eram buscados pelos habitantes que se utilizavam de anzóis, varas e gôgos (minhocas), extraídos do chão úmido à beira rio; jererés e puçares; cada peixe era colocado numa varinha pelas guelras, dado o nome de "infieira" de peixe. Com a modernidade chegou o cultivo da cana-de-açúcar, tomando lugar das restingas de mata atlântica e dos tabuleiros, sobrando somente as grotas e grotilhões que serviam para a construção das habitações. Há uns aproximados 100 anos, existiam lagoas, florestas que eram transpassadas por caminhos e veredas que faziam a ligação entre os povoados Água de Menino, Riacho do Meio, Imburis e Gulandim. Com o desmatamento, muitas lagoas sucumbiram com a evaporação da água ocasionada pelas altas temperaturas. Nos tempos atuais a chaminé do engenho que produz o doce extraído da cana-de-açúcar demonstra que a tradição e os bons costumes doutora ainda são presenciados no engenho novo do "seu" Demétrio que mantém a família unida como um elo de preservação e de cultura.
Nos anos de 1953, funcionava o engenho Bengüê de propriedade do Sr. Manoel Elias que se utilizava da mão-de-obra dos quase 150 habitantes na produção do velho engenho. As primeiras escolas surgiram nos idos de 1958, funcionando nas residências, cujos professores vinhas doutros povoados a lombo de animais ou à pé, até que foram substituídos por volta de 1969, por educador da localidade, tal qual o professor Manoel que na realidade era técnico agrícola. Até que fora construído o primeiro grupo escolar da região em torno dos anos 70.
A fé daquele povo era demonstrada nos festejos ao padroeiro Santo Antônio, que nos dias de hoje divide a fé daquela gente com a Virgem dos Pobres; as festas tornaram-se mais bonitas com a chegada da energia elétrica no dia 08 de setembro de 1990, para a alegria dos quase 400 habitantes.

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