Um povoado é uma povoação
constituída por poucas casas, ou seja, uma pequena
povoação, dependendo geralmente da cidade que a contém para serviços municipais
e do governo. Um povoado se forma devido à sua
localização (à beira-mar, às margens de um rio, em um local protegido, perto de
hospedarias) ou às atividades que se desenvolvem na região (feiras, criação de
gado, agricultura). Começam com um pequeno grupo de pessoas e conforme as
condições de vida, mais pessoas vão viver neles, como comerciantes, artesãos e
outros trabalhadores.
Novas
modificações vão sendo feitas, em um ritmo cada vez mais rápido, árvores vão
sendo derrubadas para dar lugar a plantações, pastagens e todo o tipo de
construções, como lojas, indústrias, escolas, hospitais e moradia. Assim,
também, os povoados adquirem sua personalidade e vão moldando uma identidade ou
um conjunto de características que os diferenciam de outros, como relações
sociais, instituições, arquitetura, urbanismo e toda cultura material e
imaterial, que representam as crenças ou a identidade
de seus habitantes, que contam e mantém viva a história e as tradições, que
expõem a fé de seus habitantes, se tornam ícones, se tornam identitários, se
tornam a própria cidade.
Assim como as
cidades e os bairros, os povoados possuem trajetórias históricas próprias e
particularizadas que precisam ser
identificadas, vitalizadas pela ação do
relato – memória fortalecendo a consciência histórica, o
sentimento de
“pertencimento”, de identidade,
todos os elementos
fundamentais para a formação da
cidadania almejada para todos numa
sociedade inclusa e realmente
democrática.
Diante disso,
passamos a olhar a cidade de Teotônio Vilela da perspectiva de ver “lugares”
repletos de histórias que resgata a
força revitalizadora da ação dos sujeitos que se transformam em cidadãos e
cidadãs atuantes em sua comunidade pelo ato de conhecer a si e o outro, que é o
diferente. Cada comunidade possui suas
próprias histórias, seus próprios mitos, sua religiosidade, seus tabus, suas
festas, enfim, sua própria compreensão de mundo. A concepção desse conhecimento
nos ajuda a entender muito o comportamento e formas de expressões de cada
comunidade que escapam das
explicações clássicas de uma história única e oficial.
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