sábado, 7 de julho de 2012

POVOADOS VILELENSE E HISTÓRIAS


Um povoado é uma povoação constituída por poucas casas, ou seja, uma pequena povoação, dependendo geralmente da cidade que a contém para serviços municipais e do governo. Um povoado se forma devido à sua localização (à beira-mar, às margens de um rio, em um local protegido, perto de hospedarias) ou às atividades que se desenvolvem na região (feiras, criação de gado, agricultura). Começam com um pequeno grupo de pessoas e conforme as condições de vida, mais pessoas vão viver neles, como comerciantes, artesãos e outros trabalhadores.
Novas modificações vão sendo feitas, em um ritmo cada vez mais rápido, árvores vão sendo derrubadas para dar lugar a plantações, pastagens e todo o tipo de construções, como lojas, indústrias, escolas, hospitais e moradia. Assim, também, os povoados adquirem sua personalidade e vão moldando uma identidade ou um conjunto de características que os diferenciam de outros, como relações sociais, instituições, arquitetura, urbanismo e toda cultura material e imaterial, que representam as crenças ou a identidade de seus habitantes, que contam e mantém viva a história e as tradições, que expõem a fé de seus habitantes, se tornam ícones, se tornam identitários, se tornam a própria cidade.
Assim como as cidades e os bairros, os povoados possuem trajetórias históricas próprias e particularizadas que precisam ser  identificadas,  vitalizadas  pela ação do  relato  – memória  fortalecendo a consciência histórica,  o  sentimento de  “pertencimento”,  de  identidade,  todos os  elementos fundamentais  para a  formação da  cidadania almejada para  todos  numa  sociedade  inclusa e realmente democrática.
Diante disso, passamos a olhar a cidade de Teotônio Vilela da perspectiva de ver “lugares” repletos  de histórias que resgata a força revitalizadora da ação dos sujeitos que se transformam em cidadãos e cidadãs atuantes em sua comunidade pelo ato de conhecer a si e o outro, que é o diferente. Cada comunidade possui suas próprias histórias, seus próprios mitos, sua religiosidade, seus tabus, suas festas, enfim, sua própria compreensão de mundo. A concepção desse conhecimento nos ajuda a entender muito o comportamento e formas de expressões de cada comunidade que escapam  das explicações clássicas de uma história única e oficial.

Nenhum comentário:

Postar um comentário